quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Brasil um pais de curiosidades


A Língua Portuguesa é a quinta língua mais falada do mundo por um total de aproximadamente 191 milhões de pessoas. (The World Fact Book)
A árvore mais velha do Brasil é um jequitibá-rosa com 3020 anos que se encontra no Parque Estadual de Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro em SP. (Rank Brasil).
O Brasil tem a frota de helicópteros que mais cresce no mundo. O tráfego de helicópteros em São Paulo é o terceiro maior do mundo (Revista Veja)
O teatro mais antigo em atividade no Brasil, é o de Ouro Preto, Minas Gerais que está em funcionamento desde 1769 (Rank Brasil).
A bandeira brasileira hasteada na Praça dos Três Poderes, em Brasília é a maior bandeira hasteada no mundo. Por não suportar o vento e rasgar, ela é trocada mensalmente. Cada mês um estado brasileiro diferente é responsável pelos custos da nova bandeira. (Site do Vestibular)
Nos rios amazônicos, já foram descobertas 1.500 espécies de peixes, mas estima-se que exista pelo menos o dobro. Isso é quinze vezes mais do que todas as espécies de peixes encontradas nos rios da Europa. (Revista Veja)
A cidade do Rio de Janeiro sediará os Jogos Pan-Americanos no ano de 2007. Há grandes projetos para a melhoria da cidade e planos para que os meninos de rua do Rio se dediquem aos estudos e ao esporte. (Revista Veja)
Foi um sergipano radicado na França o criador do primeiro cartaz de propaganda de um filme. Cândido de Faria fez em 1902 o cartaz do filme “Les Victimes de l’ Alcoolisme”, inspirado na obra de Émile Zola. (Revista Istoé)
Entre São João Del Rei e Tiradentes ém Minas Gerais ainda circula a mais antiga Maria-Fumaça do mundo (desde 1881). Ela faz um percurso de 12 km. (Rank Brasil)
Joinville, em Santa Catarina cedia todos os anos o maior festival de dança do mundo, que reúne 6.000 participantes de 30 países. (Revista Istoé)

As cinco regiões do Brasil o processo de regionalização do Brasil




As cinco regiões do Brasil O processo de regionalização do Brasil teve início em 1940, no qual o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou a primeira proposta, nela constava um foco restrito às análises a respeito das características físicas (naturais). A partir desse momento foram muitas as mudanças ocorridas no espaço geográfico brasileiro, proporcionadas pelo desenvolvimento do processo de urbanização, incremento da agricultura e industrialização. Esses foram determinantes para alterar de forma significativa o espaço geográfico do Brasil, então o IBGE percebendo tais mudanças buscou realizar uma regionalização a partir de outros aspectos, como os sociais e econômicos. Hoje o IBGE considera cinco regiões: Região Sudeste, Região Centro-Oeste, Região Sul, Região Nordeste e Região Norte. Regiões Geoeconômicas
Número 1 Amazônia 2 Centro-Sul 3 Nordeste Outra divisão estabelecida pelo IBGE são os complexos regionais que levam em conta os aspectos conforme o processo de formação histórica e econômica. Essa regionalização se dá a partir de regiões geoeconômicas, são elas: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul. Na divisão de regiões geoeconômicas os limites de fronteiras entre estados são desprezados

quarta-feira, 20 de agosto de 2008


Regionalização da programação: o Brasil não conhece o Brasil

Pergunte a um morador de Rio Branco, no Acre, onde fica o Leblon. Ele dirá, sem titubear, que este é um bairro do Rio de Janeiro e ainda descreverá sua paisagem. Experimente fazer o inverso: pergunte a um carioca onde ficam o Rio Branco . É quase certo que nada se ouvirá. Um dos principais motivos para exemplos como esse serem tão comuns está na maneira como se constrói a programação televisiva no país.Criada com caráter local nos anos 50, a televisão se difundiu nos anos 60 e 70 estimulada pelos governos militares, que viam nela uma missão integradora. Emissoras das cinco regiões brasileiras tornaram-se afiliadas das cabeças-de-rede, aquelas instaladas em regiões de forte industrialização e urbanização.

Processo Histórico de Regionalização do Brasil

Para entender melhor as desigualdades regionais no Brasil necessário se faz avaliar o processo histórico em que se geraram as diferenças de desenvolvimento regional no País. Resultado da expansão comercial européia (portuguesa), a ocupação e o povoamento do Brasil se deram por meio de surto de atividades exportadoras que, sucedendo-se ao longo do tempo, foram fixando populações em diferentes pontos do território nacional. Sob o compasso do comportamento do mercado externo no tempo do colonialismo português, a base econômica de uma região era suplantada pela de outra região, de tal forma que a formação histórica brasileira é marcada pela descontinuidade espacial e temporal, com reflexos profundos nas relações regionais.
O Nordeste, graças à cana-de-açúcar, foi a região que mais acumulou capital nos séculos XVI e XVII. No século seguinte, essa posição foi ocupada pelo estado de Minas Gerais, devido à mineração do ouro e pedras preciosas. A partir do século XIX, foi a vez do Rio de Janeiro (a então capital do País) e São Paulo por causa do cultivo e exportação do café. Com as outras regiões em crise ou em estagnação, essa atividade estabeleceu as bases da concentração do capital e, por conseqüência, da industrialização. Daí o surgimento das atuais desigualdades regionais.
Segundo Tânia Bacelar , os principais fatos que colaboraram para transformar o país a partir das décadas finais do século XIX, foram: a abolição da escravidão, a intensa urbanização e o rápido desenvolvimento industrial. De um país rural, escravocrata e primário-exportador, o Brasil transforma-se em uma nação urbano-industrial.
Na história brasileira aconteceram vários ensaios de industrialização, amparados tanto por uma conjuntura mundial favorável (Primeira Grande Guerra e a Grande Depressão) e pela crescente prosperidade do café. Portanto, não demorou para que o Estado de São Paulo promovesse, em poucas décadas, um intenso processo de substituição inter-regional de importações, pondo em xeque os esforços industrializantes de regiões como o Sul. No entanto, foi em meados da década de 1960, sob os auspícios de governos ditatoriais militares com a meta de transformar o país em uma potência mundial através de investimentos externos, que o Sudeste (leia-se São Paulo) acabou por consolidar sua hegemonia na matriz produtiva nacional, permanecendo as demais regiões como elos subalternos.
De acordo com Bacelar , essa moderna e ampla base industrial, ao concentrar-se, fortemente, na região Sudeste, respondia, em 1970, por 81% da atividade industrial do país. Apenas o estado de São Paulo, gerava 58% da produção da indústria existente. Na medida em que o mercado nacional se integrava, a indústria buscava novas localizações, desenvolvendo-se especialmente, devido aos incentivos fiscais, nas áreas metropolitanas das regiões menos desenvolvidas do país como Salvador, estado da Bahia; Recife, estado de Pernambuco e Fortaleza, estado do Ceará. Mas o desenvolvimento sempre se concentrou no eixo Sudeste-Sul.
Nos anos 1990, devido às importantes transformações ocorridas no contexto mundial, o ambiente econômico brasileiro sofre grandes mudanças. Dentre as principais destacam-se uma política de abertura comercial intensa e rápida, a priorização à chamada "integração competitiva", reformas profundas na ação do Estado e finalmente a implementação de um programa de estabilização da moeda nacional, o Real, iniciado em meados de 1994, com um plano econômico que leva o mesmo nome.
Paralelamente, o setor privado promove uma reestruturação produtiva também intensa e muito rápida. Tende-se a romper o padrão dominante no Brasil das últimas décadas, onde a prioridade era dada à montagem de uma base econômica que operava essencialmente no mercado interno (embora fortemente penetrada por agentes econômicos transnacionais) e que ia lentamente desconcentrando atividades em espaços periféricos do País.
O Estado Nacional jogava um papel ativo nesse processo, tanto por suas políticas explicitamente regionais, como por suas políticas ditas de corte setorial/nacional e as ações de suas estatais (siderurgia, eletricidade, telefonia) com recursos destinados à investimentos (o Estado empresário). No presente, as decisões dominantes tendem a ser as do mercado (o Estado indutor), dada a crise fiscal e as novas orientações governamentais de cunho neoliberal, ao lado da evidente indefinição e atomização que tem marcado a política de desenvolvimento regional no Brasil.
Bacelar acredita que, embora as tendências ainda sejam muito recentes, alguns estudos têm convergido para sinalizar a interrupção do movimento de desconcentração do desenvolvimento na direção das regiões menos desenvolvidas.Das 68 aglomerações urbanas com intenso dinamismo industrial recente, 79% estão situadas nas regiões Sul/Sudeste, 15% na região Nordeste e apenas 6% nas regiões Norte e Centro-Oeste. As economias de aglomeração retiram as maiores Regiões Metropolitanas, Rio e São Paulo (a última com população de 18 milhões de habitantes), desse dinâmico foco industrial, mas a Região Metropolitana de São Paulo concentra cada vez mais o comando financeiro da economia nacional.